terça-feira, 29 de abril de 2008

Bulling nas escolas


O que para muitos pode ser uma coisa absolutamente normal haver uma ofensa, uma agressão, ser humilhado, intimidado, isolado, na verdade estamos falando do bulling, que segundo a ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência) pode ser definido como:

Todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima” (Abrapia 2006)

Esse tipo de distúrbio caracterizado por agressões físicas e morais repetitivas pode levar o aluno ao isolamento, ter uma queda no rendimento escolar, alterações emocionais e pode levar até a depressão, padrão esse que está longe de ser uma inocência da pessoa agressora.

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) junto ao IBOPE, dos 5.482 alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro que foram entrevistados na pesquisa, revelam que mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying.

Não existem soluções simples para se combater o Bulling, pois é um problema complexo, é necessário que a escola incentive e crie espaços para que os próprios alunos denunciem esse tipo de agressão, pois às vezes a vitima fica em silencio diante das agressões sofridas ou com medo de sofrer represálias pelos próprios colegas se forem denunciar para o professor ou qualquer outro adulto, e cooperação mutua de professores, funcionários, alunos e pais.

O termo “bulling” corresponde a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas a um individuo, que às vezes sem motivo algum entre um estudante e outro, causando dor e angústia, pois quase sempre ocorre em uma relação desigual de poder. Podemos relatar algumas ações que podem estar presentes nessas práticas como: colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, agredir, bater, roubar ou quebrar pertences, entre outras formas.

O bulling nada mais é do que um caso de comportamento de indisciplina escolar, que não só fica nas práticas abusivas de agressão física e verbal entre colegas, mas também de desrespeito e agressão verbal aos professores e outros educadores da escola; ações contra o patrimônio, como pichações, quebra de carteiras e materiais; recusa a participar das atividades escolares, conversas, barulho ou deslocamentos indevidos durante as aulas; e muitos outros atos, freqüentemente chamados de microviolências ou incivilidades. A indisciplina é hoje uma das principais queixas tanto de professores quanto de alunos em problemas nas escolas que atrapalham o bom funcionamento do trabalho pedagógico e as regras de boa convivência e civilidade.


As práticas do Bulling

Podemos enumerar vários motivos porque o bulling é praticado, mas relataremos os mais importantes:

1. Obtenção de força e poder.

2. Ter popularidade na escola.

3. Esconder o próprio medo, amedrontando aos demais.

4. Tornar outras pessoas infelizes, já que ele próprio é infeliz.

5. Vitimar outras pessoas por ter sido vítima de alguém no passado.


As vitimas devem seguir algumas orientações:


1. Evitar a companhia de quem pratica o bullying

2. Jamais falar com o agressor sozinho.

3. Não responder às provocações;

4. Não manter a agressão em segredo. Não se deixar intimidar.

Alexandre Rodrigo Costa
– Professor de Metodologia do Trabalho Científico da Faculdade Unopec Indaiatuba


Bibliografia


BEAUDOIN, Marie Nathalie, TAYLOR Maurren, Bullying e Desrespeito: Como acabar com essa cultura da escola. 1 ed. São Paulo: Artmed, 2006.

www.bullying.com.br (acesso em 15/08/2006)

A importância da Didática do Ensino Superior para os professores de áreas técnicas nos cursos de Graduação.


No mundo em que vivemos a rapidez das informações e as mudanças tecnológicas acontecem a todo o momento, fazendo com que a sociedade tenha uma ânsia enorme pela busca de conhecimento.

Mediante a estas mudanças e transformações as instituições de ensino necessitam de um corpo docente altamente qualificado, com muita criatividade e além de tudo ter a palavra inovação como aliada, mas é preciso apoio por parte da instituição na formação de seu bem mais precioso que é seu capital Humano.

Corroborando as idéias de Moreira (2005, p.70) podemos perceber que:

Considerado com freqüência o elemento mais importante no processo ensino-aprendizagem, é inegável que o professor, atuando dentro da sala de aula, constitui-se na fonte externa mais direta e importante sobre o aprendizado do aluno.

Sendo a didática a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinado a colocar em pratica as diretrizes da teoria pedagógica, ensinando os processos de ensino aprendizagem. Este trabalho busca mostrar a importância da didática como instrumento primordial entre docente e discente, principalmente o profissional da área técnica dos cursos de graduação, para que possa ocorrer à relação ensinar/aprender.

O profissional da Educação se tornou na realidade um multiprofissional sendo considerado pai e mãe, psicólogo, consultor, médico, precisando assim ter um olhar apurado, sentimentos diferenciados, atenção aos novos tempos e uma nova maneira de se comunicar.

Frente a tudo isso a Didática do Ensino Superior procura discutir os assuntos pertinentes à docência no ensino superior, mostrando a importância que tem os professores e de seu trabalho docente no nível de graduação discutindo como será montada a identidade do docente do ensino superior.

Com as novas exigências que o mercado exige a didática dos professores de nível superior devem estar bem acuradas com as necessidades requeridas a este nível, aquele professor que somente sabe a matéria mas não sabe passar para seus alunos, o professor que não consegue conduzir a sua aula de maneira adequada, não tem uma certa relação docente/discente está prestes a não mais existir, pois projetos e trabalhos relacionados nesta área estão em pleno crescimento.

Essa problemática pode ser solucionada com a formação em nível de especilização por cursos de Didática do Ensino Superior, pois o docente do ensino superior não pode apenas ter um conhecimento técnico de um determinado tema, mas tem também como parte fundamental de seu curriculum como profissional da educação, conhecer as especialidades pedagógicas do processo ensinar.

O curso em Didática do Ensino Superior busca referências que possibilitem o docente pensar e agir estrategicamente frente aos desafios da educação Superior no Brasil; desenvolver competências e técnicas que permitam estimular a racionalização dos processos na área da educação; mostra a importância do uso da tecnologia e ferramentas pedagógicas como auxilio nos processos educacionais, a valorização do capital humano e intelectual, possibilitando assim eficiência e eficácia a prática docente, em um ambiente que possibilite aos discentes uma formação de ótima qualidade, trazendo assim muitos benefícios a sociedade.

Alexandre Rodrigo Costa
– Professor de Metodologia do Trabalho Científico da Faculdade Unopec Indaiatuba